sexta-feira, julho 27, 2012

A arte da Marchetaria

Machetaria do Acre
Maqueson Pereira
O conceito de arte é muito relativo para cada um de nós e depende muito do tipo de educação formal que tivemos e das nossas oportunidades de estudar a Arte, tanto academicamente quanto na prática. Eu parto do princípio de que tudo tem sem seu valor e o artista, aquele que cria, é o grande responsável por levar ao público uma compreensão maior do que é o seu trabalho. Isto porque sua expressão artística pode ser sua fonte de renda,  seu hobby, sua paixão ou simplesmente porque é responsável e formador de opinião, a partir do momento que se expõe. Como estou preparando uma entrevista que fiz com um amigo e artista plástico que faz Marchetaria, quero primeiro trabalhar com a definição do termo e em que consiste esta forma de Arte.

A Marchetaria é um trabalho feito com lâminas de madeira e consiste em incrustar, embutir ou aplicar peças recortadas de madeira ou outros materiais de diversas cores sobre peça de marcenaria, formando vários desenhos. 

Há relatos de que a Marchetaria primeiramente apareceu na Turquia e se expandiu para o Egito, por volta de 350 a.C. A partir do século XIV,  a Itália começa a dominar esta arte, em especial na cidade de Florença, tendo em Francesco di Giovanni di Mateo, fundador da Escola Florentina de Arte, seu principal expoente. Mais tarde, André Charles Boulle (França), aperfeiçoa esta técnica, agregando outros materiais, como folhas de cobre, latão, marfim e placas de osso e se torna uma referência na arte da Marchetaria na Europa.

Particularmente, acho este trabalho muito bonito e trabalhoso. As peças são caras e valiosas aos olhos de quem as admira. Para trabalhar com a madeira é preciso conhecê-la muito bem. O artista precisa estar em comunhão com a matéria prima viva, com a qual ele trabalha. Não somente tem que saber usar a madeira e suas cores, como precisa saber aproveitar a madeira descartada, seja pela indústria ou por quem desprezou. Este é o grande desafio de produzir este tipo de arte. 


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