quinta-feira, janeiro 26, 2012

O preço do progresso

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 Quando criança, até mais ou menos meus 12 anos, sempre passei minhas férias em Santos-São Paulo. Na verdade, minhas recordações da cidade não são tão positivas, mas o que valia mesmo era curtir minha família e sair de São Paulo.

Depois de alguns anos, a cidade de Santos ficou muito melhor... Policiais pra toda parte, o calçadão foi revitalizado, limparam os canais (uma das minhas péssimas lembranças) e a vida ficou mais bonita. Parece que até os turistas aprenderam a respeitar mais este lugar. Cidade grande, com tudo à disposição, e com praia.

Estou em Santos mais uma vez e, apesar de hoje ser o aniversário da cidade, não é por isso que escrevo. É mera coincidência! Me chama a atenção como as pessoas transformaram esta cidade num pólo de comércio e indústria e ainda conseguem preservar a natureza.

Me lembro que, do apartamento onde fico, e sempre fiquei, que fica de frente para o mar, era possível ouvir o barulho das ondas à noite, quando ia dormir. Hoje, isso não é mais possível. Só se escuta o barulho de carros, buzinas, pessoas e mais pessoas e mais pessoas conversando.

Andando na calçada, do lado oposto ao mar, é horrível sentir o "cheiro" do gás carbônico dos ônibus. Os pontos de parada de ônibus obrigam as pessoas a ficarem no meio da calçada e a gente tem que passar pedindo licença o tempo todo. Daí, quando o ônibus para, lá vem o fedor e o barulho. Barulho é tudo por aqui... prédios novos sendo construídos por toda parte e reformas, muitas reformas. 

Tudo isso me faz refletir: qual é o preço que pagamos pelo progresso? Não sou contra progresso, de forma alguma, mas acho que estamos perdendo muita coisa boa... mas deve ser assim mesmo.

Ao mesmo tempo, a cidade de Santos tem uma alegria e o mar, que é sinônimo de vida. E não é só isso que a cidade oferece. Além de beleza natural e de lugares ótimos para mergulho, como Ilha Grande, por exemplo, tem ainda o maior porto da América Latina, a Bolsa Oficial do Café, boas universidades, o Santos Futebol Clube e os santistas, que trabalham e fazem a  cidade brilhar. E eu gosto muito de vir aqui!

domingo, janeiro 22, 2012

Mostra Padrões

A fotógrafa e pesquisadora Zaida Siqueira viajou mais de 10 anos pelo país à procura de padrões na arte. Segundo ela mesma define, “padrão é um desenho que se repete” e ela procurou saber a origem destes desenhos.

Pensando nisso, buscou uma reflexão entre as formas da natureza e os objetos criados pelo homem. Zaida registrou imagens de comunidades indígenas e mulheres rendeiras e chegou a conclusão de que tudo isto tem à ver com a ligação com o divino. “Imagens aparentemente isoladas, neste trabalho surgem infinitamente relacionadas, como se tivessem sido pensadas, desde a origem, pelo mesmo criador, demonstrando claramente a influência das formas puras, sagradas, no desenvolvimento de ícones culturais, que dão identidade às manifestações e agrupamentos sociais. Maria Lúcia Montes, antropóloga, curadora da mostra e coordenadora do livro. (Podcultura: http://www.podcultura.com.br)

É este o convite que Zaida nos faz. Que tal olharmos para estas obras de arte, contemplando também sua origem, e não somente a arte final? E que tal saber que estes mesmos desenhos, foram concebidos pelos índios, as rendeiras e tantas outras comunidades do nosso país?

A mostra Padrões acontece no  Museu de energia de São Paulo (Alameda Cleveland, 601, Campos Elíseos), sempre à partir das 19. A mostra marca também o lançamento do livro de mesmo nome. Até 2 de fevereiro- R$80,00

Fonte: PodCultura e Repórter Eco(http://tvcultura.cmais.com.br/reportereco/padroes-indios-eco-22-01