quinta-feira, março 08, 2012

Os agrotóxicos e o suco de laranja


www.envolverde.com.br
Você sabia que o suco de laranja brasileiro está proibido de entrar nos Estados Unidos? O governo norte-americano tomou esta decisão diante das evidências de contaminação por um fungicida chamado carbedazim.
Os Estados Unidos são responsáveis por 15 por cento do suco de laranja exportado pelo Brasil, o que significa aproximadamente 300 milhões de dólares por ano.

Nosso país usa cerca de 1.400 tipos de agrotóxicos e é o maior consumidor mundial deste item. Fazendo os cálculos, consumimos 5,7 litros de agrotóxicos por habitante. E a produção nacional de fertilizantes atende a menos de um terço do consumo interno de alimentos.

A questão de saúde é muito séria, visto que 14 ingredientes estão sendo reavaliados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e alguns deles já estão sendo retirados do mercado, por causa de seus efeitos tóxicos sobre a saúde humana.

Se você quiser conhecer um pouco mais à respeito dos efeitos nocivos dos agrotóxicos e pesticidas no ser humano, deve ler o livro Primavera Silenciosa, de Rachael Carson. Lançado em 1962, o livro mostra que o DDT (poderoso pesticida) penetrava na cadeia alimentar e acumulava-se nos tecidos dos animais e do homem.

Seu trabalho provocou indignação da indústria de pesticidas e  Rachel Carson teve sua integridade e sanidade questionadas. No entanto, é considerada pioneira no trabalho de conscientização ambiental, mostrando, pela primeira vez, as relações de dependência entre os seres humanos, os animais e a natureza.

www.corvuxcorvux.wordpress.com


fonte: Repórter Eco- Washington Novaes

2 comentários:

Jose Antonio disse...

Prezada Luciana, acho que você deveria se informar melhor a respeito da questão do suco de laranja brasileiro. O produto Não está proibido nos EUA. O que aconteceu foi uma questão técnica envolvendo os limites de tolerancia do produto carbendazim no suco. Até 2009 os EUA aceitavam o produto numa tolerancia de até 500 partes por bilhão. Em 2009 o registro para carbendazim em laranjas venceu e por alguma razão não foi renovado, com isso deixou-se de ter a tolerancia de aceitação para o produto, o que impediu a entrada de alguns lotes do produto que continham traços do fungicida. Para se ter idéia, o nivel de residuos encontrados no produto foram de 30 partes por bilhão. Na Europa o limite para carbendazim é de 200 partes por bilhão. No Japão é de 1000 partes por bilhão. O Cordex Alimimentarius que é a legislação da Organização Mundial de Saúde que estabelece o limite de uso de produtos quimicos na produção de alimentos, estabelece um limite de 1000 partes por bilhão para o uso de carbendazim. Ou seja, não há contaminação do produto e sim um problema técnico de registro nos EUA. Tanto que os lotes de sucos que não entraram nos EUA foram destinados a Europa, Japão e Austrália, sem o menor problema.
Se você desse um simples google antes de publicar seu post, teria as mesmas informações que eu estou colocando aqui e que eu li no próprio site do FDA, órgão americano que controla a entrada de produtos no País.
abs

Luciana disse...

Caro José Antonio,

obrigada pelo comentário. Quando escrevo à respeito de um determinado assunto, procuro me informar da melhor maneira possível. É possível você checar minha fonte que, neste caso, é o jornalista Washington Novaes. Profissional bem conceituado nesta área e bem responsável pelo que fala.
Entretanto, se cometi algum erro ao publicar este post, peço desculpas e continuo trabalhando para ser o mais imparcial e verdadeira possível.

Obrigada,
Luciana